Assistimos a dias de grandes convulsões sociais provocadas pela pandemia, e, nestes últimos dias, pela injustiça do assassinato de George Floyd, que tem indignado o mundo.

Como igreja, repudiamos todo o tipo de injustiça racial, social, económica, etária, política ou religiosa.

Como igreja, repudiamos qualquer tipo de aceção de pessoas, seja por questões de cor de pele, socioeconómicas ou de outra natureza qualquer.

Como igreja, repudiamos todo o tipo de violência, seja ela motivada pelo racismo ou pelo desejo de vingança.

Como igreja, queremos fazer uma clara distinção entre as manifestações legítimas e essenciais, para que seja estabelecida a justiça, e o aproveitamento criminoso do vandalismo e das pilhagens.

Uma das várias características da nossa comunidade, que nos particulariza em relação a tantas outras comunidades religiosas, é a quantidade de casamentos interculturais e inter-raciais que temos, prova viva de que lidamos com as diferenças culturais e raciais de forma saudável e sem qualquer preconceito ou discriminação. A nossa comunidade tem demostrado de forma concreta e prática o que significa acolher as diferentes culturas e famílias, literalmente dos quatro cantos do mundo.

No entanto, e por causa desta nossa particularidade, muitos de nós sabemos bem de perto o impacto que o racismo e as discriminações têm sobre as nossas vidas. Infelizmente, o racismo e a discriminação racial não acontecem só nos EUA.

Não podemos torcer a justiça, nem por causa da cor da pele, nem pelas pressões sociais, nem pela riqueza que alguém detém, como temos vindo a assistir, até no nosso país.

Não podemos fazer aceção de pessoas, nem pela cor da pele, nem pelas diferenças culturais, nem pelo tipo de roupa que alguém veste, ou a aparência do que se tem ou deixa de ter.

Vivemos e ensinamos: AMA A DEUS ACIMA DE TODAS AS COISAS E AO TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO! Mateus 22: 37-39.

Por isso, “Não torcerás a Justiça, não farás aceção de pessoas…” Deuteronómio 16:19.